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A realidade nas ruas


Hoje, 1º de maio comemorasse o dia do Trabalho ou do Trabalhador e nossa reflexão é sobre como as pessoas que vivem em situação de rua, que não possuem trabalho, são vistas. É comum ouvir que as pessoas que estão nas ruas são as únicas responsáveis por esta situação. Mas ao conviver com elas percebemos que a realidade de cada pessoa é bem específica e particular. Muitos perderam seus empregos e romperam vínculos afetivos por não conseguirem conviver com a situação. Outros tiveram a relação familiar comprometida pela dependência química. É comum o processo de perdas, do trabalho, da família, dos amigos e por fim o sentimento de fracasso que rouba delas a esperança de mudança, de recuperação e de viver. O preconceito reforça a imagem negativa das pessoas em situação de rua, a sociedade costuma ver essas pessoas como vagabundas e preguiçosas.


PRINCIPAIS VIOLAÇÕES CONTRA A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA


- Chacinas e extermínios

- Espancamentos

- Retirada de pertences

- Jatos de água

- Coação

- Agressão verbal

- Detenção por vadiagem

- Impedimento de acessar serviços e espaços públicos

- Expulsão das regiões centrais da cidade

- Proibição de doação

- Cadastro e abrigamento obrigatórios

- Apreensão de documentos

- Não atendimento pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência)

- Criminalização da situação de rua e da pobreza.


É preciso que todos saibam que toda pessoa em situação de rua é um cidadão e como tal seus direitos e obrigações estão garantidos na Constituição Federal de 1988, no Artigo 5º que diz que todos somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.

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